A Universidade Mais Antiga

A Universidade de Bolonha, a Alma Mater Studiorum – Università di Bologna, é considerada a universidade mais antiga do mundo Ocidental, tendo sido fundada em 1088, em Bolonha, na Itália.

Em 2020 a universidade subiu três posições no ranking mundial da Times Higher Education, tornando-se a universidade européia mais preparada para o futuro e fazendo história ao ocupar o 6º lugar entre as melhores do mundo.

A História da Universidade de Bolonha

Com nove séculos de história, a trajetória dessa universidade se embola com a história dos maiores nomes da ciência e literatura, sendo de importância chave na cultura Européia.

Séc. XI e XII

Desde 1088 até os dias de hoje, se faz presente por eras, da Idade Média à Renascença, da era Moderna até aos tempos contemporâneos.

Foi fundada de forma independente, como uma escola privada, uma consequência natural que surgiu da iniciativa de alguns estudantes na era Medieval, inicialmente chamado de Estúdio de Bolonha.

Ganhou força com o apoio da Comuna e o professor Irnerio, vivendo em plena simbiose, organizavam aulas onde podiam, em casas particulares, nos monastérios e áreas da cidade onde podiam lecionar.

Séc. XIII

Nesta fase, estudantes que frequentavam aulas da Escola das Leis, rapidamente criaram círculos de apoio.

Com o tempo, estes foram organizados de acordo com a nação de origem (Nationes), e por fim agregaram-se como uma organização de prestígio supra-regional chamada Universitates.

Dai em diante, juristas e artistas uniram-se formando uma sólida base legal e cultural européia, ganhando elevada reputação política e social.

Séc. XIV

No século XIV, conforme os estudantes e colegiados de professores perdiam forças, era inevitável uma emergência dos poderes Papais e autoridades locais sobre a universidade.

Assim, nesta época, a universidade enfraqueceu-se sob uma liderança católica, perdendo sua liberdade e tornando-se cada vez mais dependente do domínio religioso e submissão local.

Séc. XV

Contudo, por conta do seu enquadramento, o Estúdio continuou atraindo estudantes de diferentes regiões do mundo.

Cardinais, futuros papas e intelectuais continuvam a estudar nas escolas de Direito, enquanto que as escolas das artes inovavam com novas disciplinas, graças a Reforma Cultural do Renascimento Humano.

Séc. XVI

Diante disso, foi nesta época que a Reforma do Estúdio aconteceu sob poder da Igreja, quando sua influência estabeleceu-se com grande domínio político e da Universidade.

Senadores de um lado e professores de outro, ambos acabam por submeter às exigências da Igreja.

Sendo assim, a parceria que existia entre as instituições, de liberdade, colapsou, e as escolas ficaram dependentes das regras de Roma, bem como da difusão das regras da fé, afastando alunos e reitores de diferentes religiões e pensamentos.

Séc. XVII e XVIII

Com este cenário, a cidade e o Estúdio tiveram dois séculos de crise, com tremenda alienação e reclusão.

Entretanto, como uma forma de libertação das imposições de Roma, surge a Academia de Ciências do Instituto de Bolonha, dando uma possibilidade de reação contra a Igreja e as indolências impostas pela classe política e aristocrata.

Séc. XIX

Finalmente, a mudança chegou trazida por Napoleão Bonaparte.

Mais tarde, com a República e o Reino da Itália, o Estúdio virou uma Universidade Pública e transferida para o Palácio Poggi, contornado pelo distrito cultural e artístico do séc. XVI.

Porém, somente quando a unificação da Itália ocorreu e a procura de uma história comum, a Alma Mater e o Estúdio, mais uma vez, foram considerados a espinha dorsal de todo país.

Séc. XX

Através do renascimento da Alma Mater e sua reestréia no mercado internacional em 1888, durante a celebração de seu aniversário de 8 séculos, seu relacionamento com a cidade foi restabelecido.

A partir de então, mais prédios foram reocupados e novos foram construídos pela Universidade.

No entanto, por conta das duas guerras mundiais, esse crescimento desacelerou, retomando sua velocidade somente após a Segunda Guerra.

Esta aliança, da cidade, dos jovens e estudantes com o Estúdio, ganhou cada vez mais força, e a celebração de 9 séculos de história aconteceu na Praça Maior, como ocorria com importantes celebrações históricas.

Foi neste dia, que a Magna Charta Universitatum foi assinada, e até hoje esta praça é símbolo da independência da liberdade da educação, que sempre foi a estrutura de sustentação da Universidade de Bolonha.

Dias de hoje – séc. XXI

Atualmente, a Alma Mater expandiu-se nacionalmente, com diversos campus distribuidos pela Itália, e um na Argentina, criando o primeiro Multicampus italiano.

Simultaneamente, continua a difundir-se pelo centro de Bolonha e seus subúrbios, desenvolvendo um constante interesse crescente em novas tecnologias e respeito pelo meio-ambiente, que considera de suma importância para manter-se no mercado e na linha de frente da educação.

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