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Não se sabe exatamente como a civilização maia encontrou seu fim. O que se sabe é que entre os séculos VII e IX a maior parte das cidades-estados maias já havia entrado em decadência (por inundação, doença, guerra, secas, etc.) e, no momento da chegada dos europeus, século XV, as principais regiões de domínio maia já tinham sido absorvidas pelo império asteca. Ao contrário desse último, contudo, o povo maia jamais foi extinto. Ele se espalhou e se dividiu. Esforçou-se para manter sua cultura viva diante da catequização das missões espanholas. Cultura essa da qual hoje seus descendentes vivem, por meio de cooperativas de turismo arqueológico, de ecoturismo ou das vendas de peças de artesanato.

 

Essa redescoberta dos maias se deve a intensa visita de arqueólogos do mundo todo em suas ruínas. Tal movimento arqueológico começou com a “redescoberta” das ruínas de tal civilização por parte do arqueólogo americano John Lloyd Stephens. Existem diversos trabalhos excelentes a respeito dos maias em inglês, para apreciar tais obras em seu idioma original, clique no link a seguir para buscar por opções de Curso de inglês em Salvador e em outras cidades.

 

Essa redescoberta dos maias e o crescente interesse turístico por suas edificações, acabou, também, por beneficiar os maias contemporâneos. Pois, esses novos maias podem atuar no turismo, de forma a propagar as lendas dos dias de glória de seus antepassados e conseguir manter sua cultura e vilarejos atuais sem a necessidade de serem arrebatados por atividades e urbanizações mais modernas que impeçam e/ou eliminem seu modo de vida tradicional.

 

Os vários nomes do fim do mundo

 

Como dito anteriormente, o povo maia não possuía nem mesmo o conceito de fim do mundo. Do contrário, acreditavam no fim de um ciclo e no recomeço do outro (o que pode não ser tão “do contrário” assim quando se está ligado ao ciclo antigo), no qual, seu calendário, geralmente esculpido em forma circular, reiniciaria.

 

Nós, a civilização ocidental moderna e contemporânea, porém, possuímos o conceito de fim de mundo e possuímos vários termos associados a ele: Juízo Final, Apocalipse, Arrebatamento, Armagedom, etc.

 

Juízo Final: o julgamento final, o dia do julgamento. É uma imagem muito comum que perpassa quase todas as religiões ocidentais. Embora, obviamente, os detalhes variem de religião para religião (e às vezes, de interpretação para interpretação dentro de uma mesma religião) a imagem é basicamente a mesma: no último dia, no dia do juízo final, Deus ressuscitaria todos os mortos (todos os seres humanos a pisar na face da terra) e julgaria todos (um por um) com base em seus feitos em vida.

 

Apocalipse: O último livro da Bíblia. Do grego, “revelação”. Teria recebido esse nome por ser uma revelação feita a Jesus por anjos (existem variações). O livro descreve a batalha final entre os exércitos do bem e do mal. Como na tradução da Bíblia para diversas línguas latinas o livro teve seu título mantido no original: Apocalipse. Com o tempo, o termo Apocalipse passou a ser usado como sinônimo do fim do mundo.

 

Armagedom: A batalha final relatada no Apocalipse (a qual seria seguida por uma era de paz e prosperidade) aconteceria sob a colina de Meggido, ou o “Har Meggido”, que acabou sendo transcrito como Armagedom ou Armagedão (em português de Portugal). De forma semelhante ao que ocorreu com Apocalipse, o local da batalha final, Armagedom, acabou se tornando também
sinônimo de fim do mundo.

 

Arrebatamento: Interpretação pentecostal realizada no século XIX do livro do Apocalipse. Nela, Deus “teletransportaria” os inocentes e as pessoas que formam a Igreja para seu reino antes do início da chegada ao poder do Anticristo que geraria uma época de desgraça e sofrimento na terra (para aqueles que não foram arrebatados). Esse período de 7 anos de desgraça e sofrimento antecederiam a batalha final entre o bem e o mal e o posterior julgamento final.

 

O fim do mundo é estudado por uma área da teologia conhecida como escatologia. Termo esse, que na linguagem comum, é usado com um sentido bem diferente. A explicação para isso (que faz algum sentido) fica para o próximo post que encerra essa série de fim de ano (e de quase fim de mundo).

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