Virando a página do folhetim

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Folhetim (além do título de uma excelente canção composta por Chico Buarque) também dá nome a uma forma de narrativa em prosa. O folhetim é uma narrativa geralmente publicada como seção de um periódico (como um jornal ou uma revista) e, por esse motivo, tem como principal característica formal a publicação episódica, parcial, em pequenas partes sequenciadas. Já com relação ao conteúdo, seus principais traços são a narrativa ágil e a grande quantidade de eventos e os ganchos (cliffhangers) inseridos ao fim de cada episódio com o objetivo de prender a atenção do leitor e de atraí-lo e conduzi-lo para a parte seguinte.

 

Os folhetins surgiram na França no início do século XIX, junto com o nascimento e popularização da imprensa. Apresentavam uma grande variedade de tramas paralelas e múltiplos enredos que variavam de grandes acontecimentos até picuinhas particulares, de grandes temas polêmicos até pequenos assuntos do cotidiano. Com o tempo, os folhetins acabaram por suplantar as notícias como grande atrativo dos jornais. Tais publicações atingiram uma imensa popularidade e se tornaram os grandes disseminadores do entretenimento de massa.

 

Com o alvorecer da era do rádio e com o surgimento das radionovelas, porém, os folhetins foram pouco a pouco perdendo sua primazia no entretenimento de massa até desaparecerem (pelo menos enquanto gênero bem sucedido do entretenimento popular). Mesmo desaparecendo, contudo, o folhetim conseguiu influenciar diversos outros gêneros e criar herdeiros, tanto no que diz respeito aos aspectos formais quanto narrativos (alguns continuam fortes e populares até hoje) como as já citadas radionovelas e telenovelas (que são o fio condutor desta série de posts), os romances policiais ou histórias de detetives e as revistas pulp. Essas últimas, embora sejam material (ou polpa) para outro post e não sejam mais populares nos dias de hoje – assim como seu gênero pai – cederam uma série de temas e ideias para outros produtos da cultura pop, pelos quais são constantemente elogiadas e referenciadas. Por terem temáticas que ainda são facilmente reconhecíveis e por serem um entretenimento rápido e sem grandes pretensões, a leitura de revistas pulp pode ser extremamente interessante para aqueles que frequentam Aulas de inglês em Belo Horizonte (ou qualquer outra cidade) e desejam praticar seu inglês (desde que, é claro, possuam interesse por cultura pop).

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